terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Que comecem os motins



O DIAP, órgão central da criminalização dos movimentos sociais, começou em grande a operação "Medo ao mês de Fevereiro". Aos nove suspeitos de provocarem "motins" na Greve Geral de 14 de Novembro, juntam-se agora mais dois, que imagine-se são acusados de «resistência e coacção sobre funcionário», e de «participação em motim».

Numa Greve Geral onde a contestação e os ânimos se exaltaram de forma nada proporcional à violência selectiva que o Governo CDS/PSD, ou a sua Polícia, tem exercido sobre manifestantes, para prevenir a passagem do protesto à resistência - à semelhança do que já aconteceu na anterior Greve Geral, ou na manifestação de 15 de Outubro de 2011 quando agentes à paisana agrediram manifestantes sem lhes dar direito de argumento ou defesa - e até hoje não são conhecidos os resultados dos processos disciplinares ou criminais sobre esses agentes da PSP.

Neste momento o jornal mais amigo do Regime, começou a campanha de Medo a uma eventual contestação social que venha a encher as ruas no mês de Fevereiro -  quando o Orçamento de Estado se reflectir nas contas bancárias dos mais despreocupados dos assalariados.

O Governo, o Sol e a PSP sabem que os movimentos sociais tem condições para repetir nas ruas o número de pessoas que saíram em 15 de Setembro, mas desta vez conjugando a vontade de resistir que não aconteceu na Greve Geral 14 de Novembro  - embora o Governo e os media do regime nos queriam fazer crer que sim.

Tal e qual um serviço de ordem, há que impor uma Política de Medo, enquanto os nove arguidos - agora onze, se dividem entre o silêncio ou anonimato ou uma acção de desculpabilização afirmando a pacificidade das suas acções, face às acusações que só politicamente podem ser fundadas - em que uns são suspeitos de terem agredido e arremessado pedras contra os agentes do Corpo de Intervenção e outros terão incendiado caixotes do lixo e destruído montras e carros ao longo da rua D. Carlos I, e que à falta de melhor enquadramento legal o tablóide tenta colar dar à opinião pública como Motim.



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